O e-commerce ou comércio eletrônico encontra no Brasil um campo fértil atualmente, graças às suas dimensões continentais e à vida cada vez mais apressada nas grandes cidades – nada melhor do que comprar do conforto de casa, trabalho ou transporte, sem ter que enfrentar o tráfego, sem carregar sacolas e por um preço convidativo por conta do corte de custos.

Assim, se você quer entrar neste ramo e abrir um negócio online, ou oferecer a compra virtual como segunda opção para seus clientes, veja a seguir quais são os produtos e serviços ideais a depender do seu perfil de empreendedor:

1 – Já tenho um site adequado: gateways de pagamento

Quem já conta com um site com bom tráfego, conteúdo e design adequado pode optar por adaptá-lo para vendas online. Isso é especialmente interessante se você já disponibiliza imagens e informações sobre cada um de seus produtos e serviços, e só precisa oferecer uma forma de pagamento online para os seus clientes.

Para atingir este objetivo, o ideal é contratar um gateway de pagamento. Este permite a inserção de botões através dos quais os seus clientes irão pagar pelo seus produtos e serviços. E isso pode ser feito inclusive usando boleto como meio de pagamento online.

Atualmente, existem diversas empresas no mercado que oferecem este tipo de solução, como a gigante PayPal, a sua concorrente direta PagSeguro, e alternativas como o Moip e Bcash, além de Cielo, Rede e outros. Cada uma delas oferece um pacote diferente de serviços, por isso avalie cada uma delas antes de se decidir.

tela do computador mostrando botão de pagamento pag seguro

2 – Tenho poucos produtos e não preciso fidelizar marca: marketplaces

Quem quer vender poucos produtos e não se preocupa com fortalecimento de marca pode usar os marketplaces para comércio eletrônico. Estes funcionam com shoppings virtuais e colocam a disposição do público milhares de produtos organizados em categorias. A concorrência é grande, mas o tráfego também, e isso pode ser uma vantagem a depender do que você vende.

ilustração loja virtual

No Brasil, alguns dos marketplaces mais conhecidos são o Submarino, ShopTime, Mercado Livre (saiba mais sobre Mercado Livre) e Amazon. Empresas privadas como Magazine Luiza, Ponto Frio, Americanas e Extra também estão começando a oferecer as suas plataformas para empreendedores em geral.

Vale ressaltar que esta opção não é ideal para quem vende serviços e que é preciso passar por um processo de avaliação antes de começar a vender.

3 – Posso investir e quero controle total: crie do zero

Criar a sua própria loja virtual é a solução mais comumente escolhida por quem tem experiência e dinheiro em caixa, e quer ter controle total sobre cada aspecto da loja. E isso pode ser feito com a contratação de um desenvolvedor de websites, o qual irá analisar o que você já tem a oferecer e discutir com você o melhor curso daí em diante.

Você poderá criar páginas focadas na comercialização de produtos e serviços e associá-las ao site da empresa ou começar tudo do zero. Neste caso, é preciso ter tempo e pessoal para lidar com todas as etapas do processo: planejamento, design, seleção e produção de imagens, segurança, divulgação, testes técnicos, criação de conteúdo, etc.

4 – Meu orçamento é baixo e sou iniciante: loja virtual pré-fabricada

Esta é a solução que sai mais em conta para quem não tem um site adequado para vendas online ou não tem experiência em comércio eletrônico. Com elas, você pode criar a sua loja virtual em 1 dia.

Como o processo é bastante trabalhoso e pode ser bastante caro a depender do volume de produtos e de transações diárias, muitos novos empreendedores decidem começar com uma loja virtual pré-fabricada, pois esta já cria o básico automaticamente – daí é só adaptar.

modelo de lojas shopify

Shopify oferece diversas tipo de lojas modelo para você começar

Uma das soluções mais conhecidas é a Shopify, que conta com um sistema que também pode ser usado em vendas presenciais. Outra opção bastante usada pelos brasileiros é a loja virtual do UOL Host que permite o recebimento de pagamentos via PagSeguro.

Em qualquer caso, a segurança e outras questões delicadas ficam a cargo da empresa contratada parcial ou totalmente, o que tira um peso das costas de quem entende pouco (ou nada) sobre isso. E elas também costumam contar com soluções para vender por dropshipping.

5 – Solução alternativa: vender nas redes sociais

Além das soluções acima, alguns empreendedores brasileiros estão usando redes sociais como Facebook e Instagram para vender os seus produtos. O segundo funciona apenas como uma vitrine virtual e precisa ser associado a uma solução externa para o recebimento de pagamentos.

Já as soluções para vender no Facebook vêm avançando e já há diversos apps na própria rede social capazes de transformar fã-pages em lojas virtuais completas, como direito a botões ou gateways de pagamento. No entanto, este tipo de solução ainda engatinha em todo o mundo, e ainda não se sabe se é possível vender de forma sustentável em um ambiente em que comércio não é prioridade.

Resumindo: a melhor solução depende do seu negócio e objetivo

Como você deve imaginar, nem todo negócio precisa vender online. Mas aqueles que podem se beneficiar desse canal de vendas devem pensar bem antes de escolher a melhor forma de fazer isso. Apesar da internet gerar a aparência de que tudo é muito fácil, seus produtos e serviços estarão expostos a um número muito maior de pessoas e suas responsabilidades crescerão na mesma escala.

Por outro lado, nada impede que você teste algumas opções para ver qual delas traz melhores resultados para você.

O importante é achar o formato com melhor custo-benefício, e que ofereça o conforto e segurança de que seus clientes precisam. Lembre-se também que você precisa proteger os dados de seus clientes de acordo com a nova lei de proteção de dados.

No mais, é só ir aprimorando a melhor ferramenta à medida em que as vendas forem crescendo.

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