O Pix é um sistema de pagamentos desenvolvido pelo Banco Central para tornar as transações mais rápidas e oferecer maior segurança.
Mesmo com pouco tempo de criação, já é utilizado por mais de 90 milhões de usuários segundo estatísticas fornecidas pelo BC, provando a sua eficiência e praticidade na hora de fazer compras, transferências e recebimentos.
Vejamos a seguir tudo sobre este meio de pagamento.
O que é Pix
O Pix é um sistema instantâneo de pagamentos criado pelo Banco Central. Ele permite que os usuários realizem operações de transferência e pagamentos em questão de segundos, tudo isso 24h por dia, todos os dias da semana.
O Pix é totalmente gratuito e funciona com todos os tipos de transferências nacionais, sejam elas entre instituições financeiras ou para compras em estabelecimentos físicos e online.
Ele oferece suporte a operações entre CPF e CNPJ, diferentes instituições, titularidades, e pode ser realizado a partir de contas corrente, poupança e pagamento pré-paga. Apesar de não ser obrigatório, para poder utilizá-lo em sua total praticidade, os usuários precisam fazer o cadastro de pelo menos uma chave Pix.
O que são as chaves do Pix
Segundo o Banco Central, a chave Pix é um código formado por letras e números que funciona como o “apelido” da conta em questão, ou seja, uma maneira de identificar para onde o dinheiro estará sendo transferido. A escolha de cada chave fica a critério do usuário, podendo escolher entre CPF/CNPJ, e-mail, número de telefone celular ou uma chave aleatória.
Você insere a chave Pix do destinatário no momento da transferência, que servirá como o endereço da conta dele. Pessoas físicas podem ter até 5 chaves cadastradas por conta, enquanto pessoas jurídicas podem ter até 20.
Pix pode usado para pagamento presencial via QR Code
A chave (ou as chaves) que você escolher irá vincular todas as outras informações da sua conta a ela. Isso significa que todo usuário que realizar uma transferência ou pagamento para sua chave Pix poderá ver informações como identificação da instituição financeira ou de pagamento, número da agência, número da conta, tipo de conta e algumas partes do CPF/CNPJ.
Para aqueles que não desejem compartilhar informações pessoais no momento da transferência, existe a opção da chave aleatória. Ela é um código único, de 32 caracteres com letras e símbolos, gerado aleatoriamente pelo Banco Central e atrelado a uma única conta.
Com a chave aleatória, você pode gerar um QR Code para poder compartilhá-lo com o pagador ou utilizá-lo nas suas lojas ou estabelecimentos. Isso facilita os pagamentos sem a necessidade de expor algum dado pessoal, como CPF, e-mail ou número de telefone, caso escolha alguma dessas opções como chave para sua conta.
Como o Pix funciona
Para poder utilizar o Pix, primeiro você precisa verificar se a sua instituição financeira ou a instituição em que você pretende criar uma conta oferece este meio de pagamento. Para isso, basta consultar a lista dessas instituições fornecida pelo Banco Central.
Após a etapa de verificação, consulte o seu app do online banking que você utiliza normalmente no seu celular tipo smartphone ou o internet banking pelo computador. Lá você encontrará a aba Pix, onde poderá cadastrar/apagar suas chaves Pix, como também realizar pagamentos e transferências. É tudo bem prático e intuitivo.
Pagamento com Pix funciona por meio de chaves
Uma das maiores vantagens do Pix é que ele é instantâneo, liquidando o valor da conta em poucos segundos e chegando ao destinatário no mesmo momento.
Se você quiser utilizar o Pix para fazer compras em estabelecimentos físicos ou online, escolha-o na lista de opções de pagamento oferecidas pelo vendedor, caso ele ofereça este método.
Feito isso, um QR Code da compra será gerado pelo vendedor. Nesse momento, basta pegar o seu app de banking no celular, acessar a seção de Pix e escolher a opção de pagar via QR Code. Um leitor de QR Code irá aparecer para você concluir a sua compra.
Diferenças entre outros meios de pagamentos
Antes de o Pix ser lançado, para realizar um pagamento era necessário o uso de um cartão, seja ele crédito ou débito, ou então por meio de transferências tradicionais, podendo ser simples (entre mesma instituição financeira) ou TEDs e DOCs (entre instituições financeiras diferentes).
No caso das transferências tradicionais, estas estão com a tecnologia atrasada. A grande vantagem do Pix sobre elas é o seu custo gratuito por transação e sua instantaneidade.
Transferências tradicionais não funcionam nos finais de semana e feriados, sendo agendadas para o próximo dia útil. Isso faz com que transações sejam postergadas e pagamentos atrasados. Algo inexistente com o sistema Pix, que funciona 24h por dia, todos os dias do ano.
Pix é seguro?
Sim, o Pix é seguro. Todas as transações feitas através dele são criptografadas na Rede do Sistema Financeiro Nacional, operada pelo Banco Central. Além disso, todas as operações são rastreadas pelo BC, identificando toda a trajetória da transação.
O Pix também conta com um sistema antifraude, presente em todas as instituições que oferecem esse serviço. Esse motor antifraude é capaz de identificar transações e pagamentos que estão fora do padrão daquele determinado usuário, sendo então classificadas como atípicas. Essas transações suspeitas podem ser bloqueadas temporariamente para análise até que o motivo seja explicado.
Outro ponto de segurança é o fator de autenticação em duas etapas. Caso deseje cadastrar o e-mail ou número de telefone como chave Pix, você precisará confirmar no app o código recebido através do meio escolhido. Dessa forma, outra pessoa fica impossibilitada de cadastrar alguma chave em seu nome, especialmente o CPF/CNPJ, que é único de cada pessoa ou empresa.
Além disso, toda transação feita pelo Pix precisa ser autorizada dentro do app do usuário, seja por meio de uma senha, biometria, token ou outro oferecido pela instituição.
Por que o Pix foi criado?
Segundo o Banco Central, o Pix foi criado com o objetivo de oferecer mais do que um simples meio de transferência instantânea.
Ele foi projetado para ter um impacto geral positivo na economia nacional e atualizar as opções de pagamentos que até então eram oferecidas. Com transações instantâneas e disponíveis 24h, o mercado se torna mais competitivo e eficiente, acelerando todo o processo de circulação de dinheiro entre compradores e vendedores.
Além disso, o Pix oferece um baixíssimo custo, segurança e uma comodidade superior, melhorando a experiência do usuário na hora de realizar suas compras e transferências.
O Pix também veio com o intuito de incentivar a eletronização dos pagamentos feitos pelo mercado de varejo, tornando uma maior parte da malha de transações da economia rastreada pelo BC.
Por último, e por consequência de todas as outras características do Pix, ele tem o objetivo de promover a inclusão financeira na população, atingindo pessoas desbancarizadas e fora dessa rede eletrônica de transações. Tudo isso por meio dos baixos custos e da comodidade oferecida.
Papel do Banco Central
O Banco Central tem a função de fornecer toda a infraestrutura tecnológica necessária para que as transações do Pix funcionem. É ele quem fornece a liquidez da operação, tornando este meio de pagamento prático e instantâneo.
O BC foi o responsável pelo desenvolvimento não só da infraestrutura, como também da plataforma vinculada a ela, permitindo que o pagamento seja feito de forma simples e intuitiva. Ele também é o operador de ambas, tendo total controle de tudo que acontece na malha de operações do Pix.
Histórico de criação
No ano de 2018, o BC se reuniu com diversos agentes e instituições financeiras para dar início aos trabalhos de implementação dessa nova tecnologia. Esse grupo ficou conhecido como GT-Pagamentos Instantâneos e finalizou suas atividades no dia 21 de dezembro de 2018.
Mas, só em novembro de 2020 foi que se deu início à fase de testes. Dos dias 3 a 15 de novembro, clientes selecionados pelas instituições financeiras poderiam utilizar o Pix em sua fase restrita, a qual ainda contava com algumas limitações.
No dia 16 de novembro, o Pix foi liberado para todos, tanto PJ quanto PF. Todas as instituições financeiras que possuíam mais de 500 mil clientes foram obrigadas a oferecer este novo método de pagamento.
Futuro do Pix
O Pix ainda é um recurso novo, mas já está se consolidando como uma das formas de pagamento mais usadas, inclusive enquanto alternativa à máquina de cartão. E ainda passará por diversas fases de atualização e mudanças:
Uma que podemos destacar é a de devolução ágil de recursos, prevista para o 4º trimestre de 2021. Nela, a instituição recebedora poderá estornar o valor recebido em caso de fraudes ou falhas operacionais.
Outro recurso que está programada é o de Pix Offline, viabilizando o uso do Pix mesmo sem a conexão com a internet, ampliando o acesso da sociedade a este meio de pagamento.
Mais novidades devem chegar em breve irão ampliar as funcionalidades da ferramenta, como a possibilidade de fazer saques Pix, cobranças recorrentes e receber troco.
Pouco tempo depois do Pix ter sido liberado, o Banco Central lançou o Open Banking. Ele nada mais é do que a eletronização de todas as informações financeiras, facilitando todo o processo de migração de usuários entre bancos, fintechs e instituições.
Com o Open Banking, tudo será mais transparente e com menor burocracia, aspectos que ainda não são presentes nos bancos tradicionais. Dessa forma, os usuários poderão conhecer todos os benefícios e condições oferecidos por uma instituição antes mesmo de assinar diversos contratos e se comprometer.