As opções em pagamentos móveis ganharam mais um reforço com a possibilidade de uso do Apple Pay no Brasil. Esse sistema permite que usuários de aparelhos da Apple paguem por bens e serviços sem a necessidade de cartão de crédito ou dinheiro e, além dos Estados Unidos, já começou a ser usado no Reino Unido e em outros países.
Mas, será que você, pequeno empreendedor ou empresário, terá muitos clientes buscando por ela no seu dia a dia?
Como funciona o Apple Pay
Para usar o Apple Pay, o seu cliente precisa ter um dos aparelhos compatíveis da Apple (com sistema operacional iOS 8.1 ou superior), o aplicativo Passbook instalado e um cartão de crédito ou débito do Itaú, Bradesco ou Banco do Brasil.
A confirmação do pagamento é feita por meio do Touch ID. Este é um sensor capaz de reconhecer a identidade do usuário por meio da impressão digital.
Se você quiser oferecer essa opção de pagamento aos seus clientes, precisará ter uma máquina de cartão de crédito com tecnologia NFC (Near Field Communication).
De acordo com a empresa, nenhum dado da compra, do cliente ou do vendedor fica arquivado no aparelho, na máquina leitora ou com a Apple. A transação acontece da mesma forma que o pagamento com cartão virtual.
Quanto custa vender com o Apple Pay?
O seu cliente não irá pagar nenhuma taxa ou mensalidade extra pelo uso do Apple Pay e você terá apenas que lidar com as taxas que você já contratou quando adquiriu a sua máquina de cartão de crédito.
Ressalte-se ainda que o Apple Pay aceita cartões de crédito e débito American Express, Mastercard e Visa.
Aparelhos compatíveis com o Apple Pay
Em lojas, o Apple Pay pode ser utilizado em modelos compatíveis do iPhone ou Apple Watch. Já por meio de apps, é possível fazer pagamentos também pelo iPad, e adicionar o Mac para compras online.
Quais as vantagens do Apple Pay?
As vantagens do Apple Pay são basicamente as mesmas de qualquer solução móvel que não exige o uso de cartão de crédito. O benefício é mais bem percebido pelo cliente, que não precisa de cartão de plástico e, muitas vezes, nem digitar a senha. Mas, para o vendedor, as vantagens parecem ser inexistentes.
Empresa lança Apple Card
A empresa promete lançar em breve o Apple Card, um cartão de crédito próprio. Ele não terá taxas, e poderá ser usado em qualquer lugar que aceite a bandeira Mastercard. Ele também estará disponível como cartão físico. Mas este não será de plástico, mas sim de titânio.
Será possível solicitar o cartão através do app Wallet do iPhone. Se aprovado, você terá acesso instantâneo à versão digital. Este poderá ser usado da mesma forma que outros cartões já cadastrados no seu Apple Pay: para compras online ou por NFC (sem contato).
Já o cartão física não irá suportar pagamentos NFC, podendo ser usado online ou de forma convencional em uma máquina de cartão como qualquer cartão.
Desafios do Apple Pay no Brasil
O Apple Pay está em fase de adaptação. Mas, as dificuldades que ele irá enfrentar para agradar o mercado brasileiro já são bastante evidentes. São elas:
- A aceitação no Brasil de cartões de crédito ou débito emitidos apenas pelo Itaú, Bradesco e Banco do Brasil;
- Custo alto dos aparelhos compatíveis;
- Lenta adoção de pagamentos sem cartão de crédito no Brasil.
Além disso, a solução só está disponível para usuários da Apple, ou seja uma parcela ainda mais exclusiva de brasileiros. E essa realidade não deve mudar em um curto período de tempo, por conta dos altos preços dos aparelhos da empresa por aqui.
Por último, fica o fato do brasileiro não estar adotando com facilidade nenhuma das novas formas de pagamento móvel que dispensam o uso de cartão de crédito. Tecnologias como o NFC (contactless), QR codes, Carteiras Digitais, ainda estão engatinhando no Brasil.
O veredito para a pequena empresa
Assim, o público nacional parece estar longe de deixar o cartão de crédito em casa, e o Apple Pay ainda levará algum tempo para se tornar popular no Brasil.
Enquanto pequeno empreendedor ou empresário, você pode achar prudente aguardar um pouco mais e ver como o mercado vai responder à novidade nos próximos meses – a menos que você atue com um público bastante específico, e cuja maioria é de usuários de iPhone 6 ou Plus.
Mas, mesmo assim, é bom ficar preparado para atender turistas estrangeiros e clientes de poder aquisitivo mais alto, os quais já podem contar com o Apple Pay, ou os seus concorrentes Android Pay e Samsung Pay, em pleno uso.