Nesse segunda parte da entrevista, o diretor executivo da SumUp, Igor Marchesini, fala sobre os planos de taxas da SumUp (Econômico e o Antecipado); a garantia de 30 dias com devolução gratuita dos leitores Top e Chip; e como uma máquina de cartão de crédito para celular pode ser o que faltava para você ganhar dinheiro mesmo durante a crise, no Verão e durante as Olimpíadas.
O que diria ao micro e pequeno empreendedor que quer comprar um leitor da SumUp, mas está com medo da crise?
IM – Primeiro, que não precisa ter medo porque o risco é zero. Se, nos primeiros 30 dias, você desistir da SumUp, mesmo que seja simplesmente porque o seu empreendimento não está funcionando bem, é só ligar para gente. Mandaremos uma etiqueta Sedex pré-paga, e, assim que recebermos a máquina, devolvemos o seu dinheiro integralmente. Não ganhamos dinheiro vendendo leitor, então não temos interesse em que ninguém fique com ele sem usar.
Mas, o mais importante é lembrar que é na hora da crise que você deve investir e se diferenciar, oferecendo o pagamento parcelado para o seu cliente, por exemplo. De repente, é muito mais fácil o seu cliente pagar 5 vezes de 80 reais, do que 350 reais à vista. E você ainda recebe tudo antecipado no Plano Antecipado.
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A crise política e econômica no Brasil está afetando o setor de pagamentos móveis?
IM – Aqui tem o lado bom e o lado ruim da moeda. O lado bom é que tem gente trabalhando extra pra fazer uma renda a mais, ou que está virando autônomo, e precisa de um método de pagamento. Ou tem negócios que encolheram de repente, tinham uma loja e agora vendem de porta em porta, por exemplo. Para esses empreendedores, a solução da máquina de cartão tradicional não é mais a ideal, pois fica pesado pagar o aluguel.
Então, nesse sentido, está um pouco mais fácil atrair novos clientes, pois a SumUp torna-se uma solução para a crise, para você fugir do cheque pré-datado, do calote, para conseguir antecipar o seu recebível.
Por outro lado, a taxa de utilização média da base caiu entre 12 e 15%, pois nossos clientes atuais também foram afetados pela crise.
Receber cartão é o que falta para os pequenos negócios crescerem mais no Brasil?
IM – Com certeza. Estamos convictos de que temos o papel quase social de ajudar o micro e o pequeno empreendedor a competir de igual para igual. Para você ter uma ideia, a nossa filosofia é tão clara de servir o pequeno que se um cliente maior ligar pedindo um desconto na taxa por conta de um faturamento mais alto, não há acordo.
A SumUp trabalha com uma taxa única, porque para conseguirmos servir bem ao pequeno, eu não posso dar um super desconto para o grande.
Essa universalização de pagamento garante que tanto a grande loja quanto o artesão, o vendedor de porta em porta, o pequeno comerciante, possam vender em 12 vezes sem juros. E isso permite ao pequeno se desenvolver.
Por que todo vendedor precisa aceitar cartão? Saiba mais neste artigo aqui.
E qual o seu conselho para quem quer ganhar dinheiro no verão e nas Olimpíadas?
IM – O mais importante neste caso é estar preparado. Seja o vendedor da praia do Nordeste, seja o carioca se preparando para as Olimpíadas, aceitar cartão de crédito te dará uma vantagem competitiva gigantesca.
Temos entre nossos clientes, por exemplo, um professor de kitesurfe no interior do Ceará. Todos os clientes dele são europeus e ele precisa aceitar cartão de crédito. E a máquina de cartão para celular é a solução ideal para este vendedor sazonal, pois ela chega rápida em suas mãos e não tem custo fixo. Um professor de kitesurfe que só dá aulas 3 meses por ano, não tem como pagar mensalidade o ano inteiro ou esperar messes pela maquininha. Ao fim do verão, ele, simplesmente, guarda a máquina na gaveta até o próximo ano.
Se você está com alguma ideia empreendedora, quer vender camisetas personalizadas do Brasil durante as Olimpíadas, por exemplo, ou mora perto do estádio e quer vender PF, enfim, você pode ter uma solução de pagamento temporária que depois não vai te criar nenhum custo ou dor de cabeça, nem mesmo para cancelar depois.
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Qual a relação da SumUp com a concorrência?
Igor Marchesini – O mercado de pagamentos móveis ainda está em formação, por isso, quantos mais os concorrentes lançam produtos novos e fazem propaganga na TV, mais fácil fica conquistar novos clientes.
Para se ter uma ideia, segundo dados do Sebrae e outros institutos, temos hoje no Brasil quase 35 milhões de empreendedores. E a base de clientes de todas as soluções de pagamento juntas não chega a 4 milhões de clientes únicos. Este ano (2015) foi o boom dos pagamentos móveis no Brasil, e, mesmo assim, este setor específico atingiu somente 1 milhão de clientes. Então tem muito espaço para todo mundo.
O que tentamos fazer é manter nossa política de preço justo, bom atendimento, e se diferenciar no longo prazo. Assim, os clientes acabam naturalmente vindo para a SumUp.
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Por que a SumUp oferece dois planos de taxas (Econômico e o Antecipado)?
IM- Nossa intenção inicial foi permitir ao nosso cliente vender parcelado e receber à vista. Mas, identificamos também que há um segmento de clientes, como médicos, dentistas, artesãos, pintores, que não precisa receber de uma vez só o valor do parcelamento nem de forma adiantada.
Por isso, lançamos o Plano Econômico, no qual, como não precisamos acelerar o fluxo de caixa, a gente pode repassar um custo muito mais baixo para o cliente.
Hoje, eu entendo que somos os únicos a oferecer isso no mercado, ou seja, é um diferencial bacana, e que veio de ouvir os nossos clientes e entender do que eles precisavam.
Quais os planos da SumUp e as novidades para 2016?
Teremos muitas novidades em 2016. Na Europa, já lançamos uma máquina de cartão com NFC (contactless) e vamos trazer uma solução ao Brasil que aceitará cartão de chip ou tarja, com PIN ou sem PIN, e também o contactless, seja para cartão com tecnologia NFC embutida ou para pagamentos via celular como o Apple Pay, Android Pay e o Samsung Pay.
Perdeu a primeira parte da entrevista com o o CEO da SumUp no Brasil? Ela está aqui e explica qual o modelo de leitor de cartão da SumUp ideal para cada tipo de vendedor, e como funciona o processo de cadastramento.