A tecnologia dos cartões com chip e senha, disseminada no Brasil nos últimos anos, trouxe mais segurança para as compras do que as tarjas magnéticas. No entanto, os fraudadores continuam encontrando brechas nos sistemas de segurança dos meios eletrônicos de pagamento.
As fraudes são um pesadelo ainda maior para as lojas virtuais. Estima-se que o comércio online do Brasil tenha sido vítima de 533 tentativas de fraude por hora em 2018, de acordo com o relatório Raio-X da Fraude publicado pela empresa de sistemas antifraude Konduto.
Os produtos mais visados são os de tiquete médio alto e que podem ser facilmente repassados, como smartphones, bebidas e games, segundo levantamento da ClearSale, também do setor de antifraudes. Mas nenhum lojista está a salvo da ameaça.
Vamos ver a seguir o que você pode fazer para reduzir os riscos de fraude da sua empresa, tanto nas vendas presenciais quanto online.
Identificando cartões roubados ou clonados
O uso de cartões roubados ou clonados está entre os tipos de fraude mais comuns. A tecnologia do chip reduziu os crimes de clonagem, mas o roubo de dados ainda é uma ameaça importante.
Algumas atitudes simples podem ser suficientes para identificar essas fraudes e poupar os empreendedores de uma dor de cabeça.
Veja os principais cuidados que você deve ter, segundo as recomendações da Visa:
Na loja física:
Nas vendas online:
Muitos lojistas virtuais acreditam que, se a compra foi autorizada pelo banco, está tudo certo. É um engano que pode custar caro, pois a autorização do emissor não está relacionada à identidade do cliente, mas apenas à comprovação de que há dinheiro para pagar a despesa.
Reconheça atitudes suspeitas no e-commerce
No e-commerce, alguns comportamentos do cliente devem levantar suas suspeitas. São eles:
Tudo isso pode ser indício de uma tentativa de fraude.
Em situações do tipo, o ideal é entrar em contato com o cliente para confirmar a compra. Caso os dados dele não tenham sido registrados em seu sistema anteriormente, procure um telefone de contato na internet ou use a assistência da bandeira do cartão. Ao falar com o cliente, informe que o procedimento é uma proteção contra fraudes.
Evite o chargeback
O chargeback, que é a contestação de um pagamento por parte do cliente, pode ocorrer por esquecimento, roubo, desistência da compra, produto não entregue, ou fraude – entenda melhor o que é o chargeback neste artigo.
Caso a empresa operadora do cartão decida que o cliente tem direito ao cancelamento da despesa ou reembolso porque foi vítima de um crime facilitado por um descuido do lojista, este pode ficar no prejuízo.
Roubo e clonagem de cartões são os tipos mais comuns de fraude
O empreendedor pode ser responsabilizado pelo dano caso fique comprovado que os dados do cartão foram roubados na própria loja, por exemplo. No e-commerce, ele também assume a responsabilidade caso não tenha um sistema antifraude.
Vistorie os terminais de pagamento da loja física em busca de violações. Na loja online, invista em um bom sistema antifraude. O sistema SSL – o famoso cadeado verde – é o mínimo necessário para oferecer segurança e transmitir tranquilidade ao cliente.
Fique de olho na maquininha de cartão
As máquinas de cartão de crédito e débito são um dos alvos preferidos de fraudadores. Neste golpe, alguém altera a máquina autêntica ou a substitui por outra, fingindo ser um funcionário da empresa fornecedora do equipamento.
Os valores pagos são desviados para uma conta do criminoso. Ou seja, o comerciante não vê a cor do dinheiro.
Desconfie caso um suposto funcionário da empresa fornecedora da máquina apareça sem ter sido chamado. Verifique rotineiramente as máquinas em busca de indícios de fraude ou qualquer sinal que indique que elas possam ter sido trocadas.
Empresas unem-se para evitar fraudes com cartão
Para garantir a confiabilidade dos cartões de crédito e débito, as maiores emissoras do mundo uniram-se em uma organização destinada a criar e disseminar padrões de segurança de dados, o PCI Security Standards Council. Entre os seus membros-fundadores estão Visa, Mastercard e American Express.
Para atuar no mercado, as empresas de máquinas de cartão e aplicativos de pagamento devem seguir os protocolos definidos pelo PCI. O principal deles é o Payment Card Industry Data Security Standard (PCI DSS), que fornece uma estrutura completa de segurança de dados incluindo prevenção, detecção de fraude e reação.
A instituição desenvolveu, inclusive, um guia destinado aos pequenos empresários (em inglês), que em geral são mais vulneráveis aos ataques do que grandes empresas. Veja algumas sugestões do guia para aumentar a segurança do seu negócio.
Invista em segurança
Os cartões trazem diversos benefícios tanto para clientes quanto para lojistas. Porém, nenhum meio de pagamento é 100% seguro.
Para evitar prejuízos com fraudes, certifique-se de que todos na sua equipe estejam preparados para seguir as orientações de segurança da bandeira do cartão e que saibam que atitude tomar no caso de alguma suspeita.
Conferir diariamente as vendas, de forma que seja possível perceber os cancelamentos com rapidez e os pagamentos não registrados, também irá ajudar no controle do chargeback e do prejuízo com máquinas fraudadas.
Estima-se que o comércio online do Brasil tenha sido vítima de 533 tentativas de fraude por hora em 2018.
Empresas que realizam um grande número de vendas diárias contam com um sistema de conciliação de vendas, poupando a conferência manual.
Para reduzir os riscos de ser vítima de fraudadores, você precisa investir seu tempo, sua atenção e também algum dinheiro em ferramentas como antivírus e sistemas antifraude, no caso de e-commerce.
Conheça o PIN on Glass: a tecnologia que promete mais segurança nas vendas com cartão feitas com máquinas de cartão smart.