Este ano de 2020 foi de muitas surpresas e mudanças na forma como fazemos negócios online. A pandemia trouxe novos desafios, mas também novas oportunidades para lojistas virtuais.
Mas, o que esperar do ano de 2021? Que previsões e tendências já podemos observar no e-commerce brasileiro? É isso que você encontra a seguir.
Crescimento das estratégias omnichannel
As estratégias omnichannel ganharam espaço com as pessoas passando mais tempo familiarizando-se com o produto antes de comprá-lo. Hoje, não é mais tão eficiente divulgar ou vender o seu produto apenas em um canal, seja este online ou presencial.
Vendas acontecem ao mesmo tempo em vários canais
Por exemplo, o seu cliente pode encontrar a sua loja virtual na internet, mas decidir visitar a loja física para fazer a compra. Ou fechar negócio por telefone. Ou vice-versa. Ou pode ver seu vídeo no Instagram e pagar no WhatsApp ou na sua página do Facebook.
Isso significa que você vai precisar ter uma comunicação única e integrada em todos esses canais de publicidade e atendimento ao consumidor. Antes, durante e após a compra.
Foco continua no e-commerce por celular
Uma coisa não mudou: o seu cliente brasileiro, provavelmente, vai conhecer a sua loja virtual pelo celular. E ele pode acabar fechando a venda pelo celular também.
Nos primeiros seis meses de 2020, o número de brasileiros que fez compras ou pagamentos pelo celular cresceu de 85% para 91% de acordo com pesquisa realizada pela Panorama Mobile Time/Opinion Box. Como pode-se observar o índice já era alto mesmo antes da pandemia.
O seu e-commerce precisa estar preparado para atender bem ao seu cliente enquanto ele visita a loja virtual em uma tela pequena. A depender do perfil de seu cliente, o celular dele pode não ser de última geração e a conexão à internet pode não ser das melhores. E você está disputando atenção com a televisão, filhos, trânsito e muito mais.
E-commerce deve ficar mais veloz e mais eficiente
Google anunciou com uma antecedência incomum uma mudança que fará em seu algoritmo em 2021. A previsão é de que essa novidade entre em vigor em maio de 2021, tendo um impacto significativo no e-commerce em todo mundo
O novo critério, chamado de Google Page Experience, levará em consideração não apenas a qualidade do conteúdo, como já é comum. A experiência do usuário no seu site será tão importante quanto. Isso significa que serão analisadas a estabilidade da página, a velocidade de carregamento e a segurança, entre outros fatores.
Sabendo-se que boa parte dos sites brasileiros não atendem bem aos critérios acima, deve se esperar uma corrida para a implementação dessas mudanças. E a consequente perda de faturamento entre os lojistas virtuais brasileiros que não se adequarem às novas normas e dependem da busca orgânica para vender online.
PIX vai agilizar recebimento de saldos das vendas
O sistema de pagamento instantâneo (PIX) já está em pleno funcionamento e deve trazer mudanças para os lojistas virtuais – principalmente para aqueles que antes recebiam por transferência bancária. As pessoas e empresas que já fizeram o cadastro das chaves podem fazer transferências eletrônicas e usá-las para o pagamento de serviços e mercadorias.
Sistema PIx permite transferências mais rápidas e mais baratas
Essa transação será gratuita para o comprador pessoa física e, por isso, pode acabar se tornando algo comum. Para o lojista, a vantagem é receber o dinheiro bem mais rápido e por um custo mais barato do que pelo TED ou DOC.
Para receber com o PIX, você deve ter essa opção disponível no checkout de seu e-commerce. Se você usa uma máquina de cartão para pagamento na entrega, escolha uma já prontas para o pagamento instantâneo.
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Vendas online, pagamentos presenciais
A pandemia do coronavírus levou muitas pessoas a migrarem suas compras para a internet, e esse comportamento deve continuar em 2021.
Na Black Friday de 2020, por exemplo, quando boa parte da população brasileira já tinha livre acesso a lojas físicas, o volume de vendas online foi de R$4,02 bilhões, um valor 25,1% superior ao de 2019 segundo dados da Ebit|Nielsen. Segundo a Cielo, o índice foi ainda maior (31,8%), mas houve uma queda de 10% no varejo como um todo por conta no decréscimo nas vendas em lojas físicas.
Muitas lojas virtuais continuarão a aceitar pagamento na entrega
Mas, como nem todos os lojistas estavam preparados para essa mudança, tornou-se ainda mais comum o pagamento na entrega. Ou seja, lojas virtuais criadas sem checkout, na qual o cliente pode ver os produtos e fazer o pedido online ou por telefone, mas faz o pagamento na entrega ou por venda digitada.
Esse pagamento na entrega costuma acontecer via máquina de cartão, mas muitas empresas continuam a aceitar dinheiro vivo. Essa prática é pouco recomendada, tanto por questões de higiene quanto de segurança. Mas é compreensível que muitos lojistas precisem acomodar as formas de pagamento que o cliente tem em mãos.
Links de pagamento devem crescer
Outra forma de pagamento que vêm ganhando espaço no Brasil são os links de pagamento, que permitem receber receber dinheiro pelas redes sociais, e-mail e WhatsApp.
Muitos empreendedores brasileiros, principalmente aqueles que vendem como pessoas físicas ou com baixo volume de vendas no cartão, consideram os links de pagamento uma forma simples, prática e barata de receber pagamentos de forma não presencial. E mesmo que o cliente esteja ao lado, é possível que essa opção seja mais vantajosa do que investir em certas máquinas de cartão, por exemplo.
As próprias empresas fornecedoras de maquininhas já perceberam essa tendência. A grande maioria delas já oferece links de pagamento no Brasil, com ou sem a necessidade de adquirir conjuntamente outros produtos da empresa.