O totem de autopagamento está cada vez mais presente em lojas, restaurantes de fast-food e casas noturnas, entre outros tipos de negócios.

Com componentes como uma tela sensível ao toque, leitor de cartão e impressora, facilita o processo de escolha do produto e torna o pagamento mais rápido.

O resultado disso é um serviço mais ágil e eficiente, com a diminuição de filas e economia na operacionalização do checkout.

Quer saber como funciona o totem de autopagamento? Neste artigo, explicamos os principais conceitos deste sistema, componentes essenciais e aplicações mais comuns.

Além disso, apresentamos algumas das soluções disponíveis no Brasil e o quanto custa instalar e manter totens de autopagamento em seu negócio.

Afinal, o que é um totem de autopagamento?

Conhecido em inglês como self-service kiosk, o totem de autopagamento é um terminal integrado ao sistema de atendimento de uma loja.

Ele está conectado ao banco de dados do estabelecimento e permite, ao mesmo tempo, o processamento do pedido e o pagamento da compra pelo cliente.

Totem de autopagamento no aeroporto

Totens de autopagamento permitem check-in e compra de passagens em aeroportos

O totem de autopagamento dispensa a necessidade de interação com um funcionário nessa etapa da compra. Isso é possível pela integração entre diferentes componentes de hardware e software.

O cliente pode acessar o cardápio de um restaurante ou as opções de ingresso em uma sala de cinema na tela, efetuar o pagamento com cartão e receber o comprovante de pagamento impresso — tudo em um mesmo equipamento.

Origem dos totens de autopagamento

Os totens de autopagamento têm sua origem nos anos 1970, quando surgiram os primeiros terminais interativos nos Estados Unidos.

Inicialmente, era uma solução voltada apenas à consulta de informações por parte de clientes ou usuários de um serviço, sem integração com o sistema da loja.

Tipos de totem de autopagamento

Totens de autopagamento podem ser de vários tipos e formatos

A partir dos anos 1990, houve um rápido avanço tecnológico, com o desenvolvimento das redes locais e o surgimento da internet. Com isso, os terminais evoluíram para algo muito próximo dos totens de autopagamento que conhecemos hoje.

Em pouco tempo, passou a ser possível transmitir pedidos e efetuar pagamentos a partir do mesmo equipamento.

Hoje em dia, os totens de autopagamento estão presentes em diversos países e em diferentes formatos. É possível encontrá-los em restaurantes fast-food, salas de cinema e estacionamentos, entre outros tipos de estabelecimentos.

Como funciona esse sistema

O totem de autopagamento facilita o processamento do pedido e o pagamento pelo cliente. Afinal, ele integra diferentes etapas de forma ágil e interativa. O consumidor tem o controle do processo e pode tomar suas decisões de modo independente.

A interação com o sistema pode ser resumida nos passos a seguir:

  • O consumidor chega em frente ao totem e toca na tela para acionar o equipamento

  • Em seguida, ele pode conhecer e escolher entre os diferentes produtos/serviços disponíveis no estabelecimento
  • Após selecionar um ou mais produtos, o cliente acesse o carrinho virtual ou tela de pagamento para confirmar o pedido
  • Então, é possível selecionar a forma de pagamento desejada e efetuá-lo conforme as instruções em tela
  • Uma vez que o pagamento tenha sido identificado pelo sistema, será impresso um recibo pelo próprio equipamento
  • Por fim, o cliente poderá usar o recibo para retirar o produto ou acessar o serviço em questão

Algumas etapas podem ser diferentes, conforme o equipamento e o tipo de estabelecimento. Em restaurantes, por exemplo, o sistema pode sugerir novos itens ao cliente na hora do checkout, como ocorre ao comprarmos um produto pela internet. Há também equipamentos que podem ser usados, complementarmente, para publicidade.

Principais componentes: hardware e software

Os componentes de um totem de autopagamento podem variar bastante, conforme a finalidade do equipamento, o tipo de estabelecimento em que ele será utilizado e o produto que está sendo comercializado.

O totem de autopagamento é formado por elementos de software e hardware, que funcionam de forma integrada. A seguir, descrevemos os principais componentes desse sistema:

  • Software do equipamento: Um totem de autopagamento deve contar com um sistema capaz de acessar o banco de dados e o estoque da loja. Por isso, deve ele deve estar conectado com o sistema interno do estabelecimento. Esse software também deve permitir a navegação e o processamento do pedido por parte do usuário, por meio de uma interface inteligente.

  • Central de processamento (CPU): É o computador no qual o software está instalado e que integra os demais componentes do sistema. Normalmente, sua presença não é notada — a preferência costuma ser por CPUs pequenas e/ou finas, seguindo o desenho da estrutura do equipamento. Há também totens de autopagamento que funcionam integrados a tablets.

Totem de autopagamento em fast-food - dennizn - stock.adobe.com

Esses terminais são comumente encontrados em fast-foods.  Imagem: dennizn – stock.adobe.com

  • Suporte físico: Esse é um aspecto básico, mas que não deve ser ignorado. Afinal, a estrutura física do totem precisa ser capaz de proteger os demais componentes (como o monitor, a CPU e o Pinpad). Ao mesmo tempo, deve proporcionar conforto para o consumidor, com a altura e o design adequados. Também é possível usar a estrutura como um elemento visual da loja, inclusive para fins de publicidade.

  • Monitor: O monitor é um elemento fundamental no totem de autopagamento. Afinal, é por meio dele que ocorre a interação e o processamento do pedido por parte do cliente. Os monitores costumam ser touchscreen, o que torna mais intuitivo o processo de escolha do produto e a navegação até a hora do pagamento.

  • Leitor de código de barras/QR code: Em alguns equipamentos, pode ser possível, também, conferir o preço de um produto e até mesmo registrá-lo para pagamento no totem. Isso ocorre, em geral, por meio de um leitor de código de barras e/ou QR code. É importante avaliar as necessidades reais do seu negócio antes de pesquisar um self-checkout kiosk que ofereça essa função.

  • Pinpad: Atualmente, a maioria dos totens de autopagamento conta com um leitor de cartão de crédito/débito integrado. Esse leitor é do tipo Pinpad (aquele dos sistemas TEF), que aceita diversas bandeiras de cartão em um mesmo equipamento. As versões mais modernas aceitam cartões com chip e NFC — o que permite pagamentos com smartphones e smartwatches.

Pinpad e impressora de recibo de totem de pagamento

Pinpads e impressora de recibo são integrados em totens de autopagamento

  • Noteiro/reciclador: Os totens que aceitam pagamentos em dinheiro precisam contar com um noteiro para receber as cédulas e um reciclador para devolver troco aos clientes.

  • Impressora: Em geral, os totens de autopagamento contam com uma impressora para gerar senhas, tickets ou outros comprovantes necessários para o prosseguimento do atendimento. Pode ser uma impressora a tinta ou térmica, dependendo do que você irá imprimir. Então, é importante verificar a sua necessidade e discutir as opções com o seu fornecedor.

  • Câmera: Apesar de não ser um periférico imprescindível em totens de autopagamento, a câmera é útil em diversos casos. Ela pode ser usada como um equipamento de segurança e, em alguns casos, para aprimorar a experiência dos clientes, por meio do reconhecimento facial.

Por fim, será preciso ter uma conexão estável de internet em seu equipamento. Os totens de autopagamento costumam funcionar tanto por ethernet (conexão a cabo) quanto com wireless. Então, é preciso levar esse elemento em conta ao planejar a posição em que você irá instalar esse equipamento em seu estabelecimento.

Tipos e usos mais comuns do totem de autopagamento

Hoje em dia, é possível encontrar soluções adequadas a diferentes contextos. Além disso, é possível customizar equipamentos para que eles atendam às necessidades de um estabelecimento específico. Por isso, é importante pesquisar bem antes de escolher um totem de autopagamento para o seu negócio.

Confira a seguir alguns exemplos de estabelecimentos que usam totens e principais características do equipamento em cada caso:

  • Restaurantes: Os clientes podem navegar pelo cardápio, registrar o pedido e realizar o pagamento rapidamente. Esse sistema é mais usado em restaurantes de fast-food, nos quais o cliente utiliza o código ou senha gerado no totem para retirar o pedido no balcão. É possível, também, instalar totens nas mesas — nesse caso, após o registro do pedido, o cliente pode aguardar sentado pela comida.

  • Bares e casas noturnas: Em eventos com serviço de bar para um público grande, os totens de autopagamento permitem um controle maior dos pagamentos e evitam a formação de filas. Os clientes podem emitir tickets ou carregar um cartão no totem, em um primeiro momento. Depois, basta entregar o ticket ou descontar o valor do saldo do cartão ao fazer um pedido no balcão.

Totem de pagamento no cinema

Essa solução permite comprar ingressos, pipoca e escolher assentos em cinemas

  • Cinemas e casas de shows: Os totens, nesse contexto, costumam trazer uma variedade menor de produtos. No entanto, eles trazem algumas funcionalidades interessantes para os clientes desse tipo de estabelecimento, como o mapa dos assentos. Em alguns casos, é possível comprar em conjunto itens do bar, como pipoca e bebidas, e buscá-los antes de entrar na sala.

  • Transporte público: Totens de autopagamento permitem a compra e recarga de bilhetes de ônibus e metrô, além de passagens de ônibus para viagens intermunicipais e interestaduais. Dependendo do valor dos bilhetes, os equipamentos podem aceitar notas e moedas, além de dar troco para os usuários.

  • Estacionamentos: Os totens de autopagamento são comuns em estacionamentos fechados, inclusive aqueles localizados em shopping centers, supermercados e outros tipos de estabelecimentos comerciais. Nesses casos, o sistema costuma contar com um leitor de tickets para a identificação do horário de entrada do cliente.

Também existem muitos totens de autoatendimento que não incluem a função de pagamento. Exemplos de estabelecimentos que utilizam esse sistema incluem, por exemplo:

  • Bancos e comércio em geral: Para a emissão de senhas e triagem de atendimento.

  • Aeroportos: Para o check-in e emissão de bilhetes.

  • Supermercados e lojas em geral: Para consultar preços de produtos.

Há ainda os sistemas de autoatendimento (self-checkout) usados em supermercados para que os consumidores possam registrar, pesar e pagar pelos produtos por conta própria. Nesse caso, a configuração do equipamento é diferente, bem como o momento em que ele é usado pelo cliente.

Vantagens dos totens de autopagamento

Os totens de autopagamento oferecem uma série de benefícios para as empresas e para os clientes. Não à toa, sua presença é cada vez mais frequente em estabelecimentos no Brasil.

Entre os principais vantagens, destacam-se:

  • Redução das filas: Os totens de autopagamento costumam ser fáceis de usar e extremamente intuitivos. Com isso, reduzem o tempo de espera dos clientes.

  • Redução de custos: Apesar do custo de instalação e manutenção, os sistemas de autopagamento eliminam ou diminuem a necessidade de operadores de caixa. Também dispensam o uso de TEF e balcões de atendimento.

  • Segurança: A automatização dos pagamentos reduz o risco de roubos ou de erros nas transações, principalmente aquelas derivadas de falhas humanas.

  • Experiência do usuário: Os clientes tendem a gostar da agilidade e da praticidade oferecida pelos totens, em oposição às filas e ao maior tempo de espera dos caixas tradicionais. Além disso, podem escolher os produtos no seu próprio ritmo, sem a necessidade de interagir com um vendedor.

  • Aumento do ticket médio: Os totens permitem um atendimento mais inteligente, com a sugestão de itens adicionais com base nas escolhas do cliente. Há também o apelo visual, com imagens e vídeos que podem incentivar as compras.

  • Aproveitamento do espaço: Em geral, os totens ocupam menos espaço que o necessário para a instalação de um balcão com operador de caixa. Mesmo que você pretenda manter um operador no local, é possível usar totens de parede ou com uma estrutura pequena.

  • Publicidade: A própria estrutura do totem pode servir como um espaço publicitário. O lojista pode usá-la para divulgar a marca ou produtos do próprio estabelecimento, bem como alugar o espaço para terceiros, gerando uma renda adicional.

Soluções disponíveis e preços no Brasil

Há muitas empresas que oferecem o serviço de instalação e manutenção de totens de autopagamento no Brasil. Portanto, é recomendável fazer uma pesquisa de preços antes de contratar a solução mais adequada para o seu negócio.

Atualmente, o PagSeguro oferece um totem de autopagamento com todos os principais recursos do mercado. O PagTotem tem pagamentos por NFC, mais de 10 bandeiras disponíveis, câmera e autofalantes integrados e estrutura em metal.

Totem de autopagamento PagTotem PagSeguro

PagTotem PagSeguro é uma das soluções brasileiras

Além do PagSeguro, há muitas empresas especializadas em automação de pontos de venda e em estruturas de autoatendimento que contam com soluções em totens. Exemplos disso são a Epoc, a Nodus e a MGITECH, todas de São Paulo, além da catarinense Videosoft.

O preço de um totem pode variar entre R$2 mil e R$25 mil, dependendo das características do equipamento e do fornecedor. É possível, também, alugar totens por preços a partir de R$350 por mês. Esses valores não incluem as taxas cobradas sobre os pagamentos com cartão de crédito e débito.